quarta-feira, 2 de abril de 2014

Café Melitta "Regiões Brasileiras - Cerrado"


O mercado de café no Brasil está lentamente se tornando mais criterioso e atento. A ABIC (Associação Nrasileira da Indútria do Café) aposta, sobretudo, no crescimento do que eles chamam de cafés "superiores", cafés que seriam considerados em termos de sabor, aroma (e preço!) 'superiores' aos ''tradicionais'' (cafés conhecidos das grandes marcas), porém ainda 'inferiores' aos cafés ''gourmet''.

De fato, os cafés "superiores" vem ganhando espaço no mercado. Marcas icônicas como Pilão e Melitta inseriram no mercado sua linha de cafés "superiores".

Acabei de provar o café ''Cerrado'' da linha ''Regiões Brasileiras'' da Malitta.

Trata-se de um café com perfil próximo ao café do cerrado mineiro oferecido pela marca ''Madame D'Orvilliers''. Um retrogosto acentuado de cacau, aroma remetendo ao caramelo. Encontrei nele a mesma adstringência do Madame, porém mais acentuada. Acidez é inexistente (o que fez dele mais difícil de beber), porem (um ponto positivo) o café é encorpado.

Não é um café ''fácil'', porém possui bom aroma e um bom, e peculiar, retrogosto.

Não creio que uma dona de casa iria preferir este café ao Melitta tradicional , por exemplo. Mas este tem um perfil distinto e pode incentivar o consumidor a se aventurar...

quarta-feira, 26 de março de 2014

Café Madame D'Orvilliers


O café Madame D'Orvilliers leva o noma da esposa do governador da região de Orvilliers na Guiana francesa. Reza a lenda que um oficial do então governo-geral do Maranhão e Grão-Pará foi enviado à Guiana Francesa a fim de levar algumas mudas de café para o Brasil. O governador da região, seguindo as ordens do rei da França, negou o pedido. Mas o oficial conquistou a confiança de sua esposa e assim o café foi introduzido em território nacional....

Estórias a parte, este café vem da fazenda Império na cidade de Buritizeiro, no Cerrado de Minas.É um blend 100% Arábica, preparado a partir da variedade Acaia Cerrado. Portanto nem Mogiana, nem do Sul de Minas , mas um outro terroir aqui!

Na xícara é um café de aroma doce (caramelo e me lembrou algo de frutas vermelhas), o corpo é médio. A torra é a que chamaríamos de "torra Full City", o que torna o café mais amargo. Não se trata de um café delicado!

Não se trata, enfim, de um café ruim, mas deixa a desejar em relação aos concorrentes encontrados no mercado na mesma faixa de preço. Vale pelo fato de ser um café distinto (de uma região que não mogiana ou Sul de Minas) e ele faz um um bom capuccino!

Site: madamedorvilliers.com.br

terça-feira, 25 de março de 2014

Café Pessegueiro



O café Pessegueiro vem da fazenda de mesmo nome em Mocóca, região da Mogiana paulista. Bastante conhecido entre os apreciadores do bom café, o café da fazenda Pessegueiro entrega com louvor as qualidades dos cafés da mogiana: a doçura e o delicioso aroma de chocolate e nozes. A acidez é media-baixa (então, para os apreciadores do café seco das regiões de altitude, o Pessegueiro pode não agradar em cheio) o corpo também não é dos mais espessos (característica também esperada no café da região).

O Pessegueiro é um excelente e sólido mogiana.  O que não é pouca coisa!

É também um ótimo custo-benefício (entre 18 e 25 reais 500 gramas do grão).

Com o café da serra da Mantissa, o Pessegueiro pode compor a dupla do dia-a-dia dos amantes do café!

segunda-feira, 24 de março de 2014

Café Mantissa



No ainda crescente mercado dos cafés gourmet nem todos os cafés correspondem, na xícara, ao status das prateleiras. Não é o caso do café da Serra Mantissa no sul de Minas! 

Não somente porque o café é vendido em um preço sensivelmente abaixo da concorrência (entre 8 e 12 reais o pacote de 250 gramas), mas porque o café um dos melhores disponíveis em larga escala. O café é doce (preparando na cafeteira francesa me pareceu que leite foi secretamente adicionado ao café!) e ele ainda possui uma saborosa acidez que é incomum aos cafés brasileiros!

Tem tudo para ser o café do dia-a-dia entre os entusiastas da bebida negra!

O site da fazenda:  http://fazendamantissa.com.br/

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Resenha: Gourmet Premium safra 2009, Café Baronesa





Nosso país e’ o maior produtor de café’ do mundo, produzindo por volta de dois milhões e meio de toneladas ao ano; mais do que o dobro do Vietnã, o segundo maior produtor!

Mas não somente de quantidade vive o café brasileiro, muito ao contrário! Temos, por aqui, cafés que nada devem a qualquer dos mais famosos terroirs cafeeiros do mundo.

O café Gourmet Premium safra 2009 da Café Baronesa e’ um destes grandes cafés brasileiros! Este café, terceiro lugar no concurso 7ª Edição Especial Melhores Cafés de São Paulo, apresenta aroma que me remeteu a cerejas e chocolate, acidez baixa (mas presente o suficiente para não tornar o café pesado) e o amargor no retrogosto que e' como o de um chocolate meio amargo!

Um café de alta qualidade!


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O café de Godard.




Eis aquela que talvez seja a mais emblemática cena contendo o café na história do cinema. 

As partículas da crema do café, que se separam e unem, tornam-se alegorias das relações humanas!

Resenha: Café Yanesha, Peru.



Este café peruano, cultivado pelo povo de origem étnica Yanesha na região amazônica do Peru e torrado pela britânica Coffee Bean, não desaponta.

A bebida (feita na moka) possui um corpo médio/alto,  baixa acidez, dulçor relevante e retrogosto suave (lembrando nozes como sugere a embalagem).

Eu o classificaria como um café mole.

De fato, o perfil não se distingue muito dos cafés arábicas brasileiros. Não encontrei nenhuma característica que consideraria exótica tendo em vista o padrão brasileiro. Não possui acidez acentuada e os aromas estão dentro do espectro do que pude encontrar por aqui.

Trata-se de um excelente café para o dia-a-dia, daqueles que não espantaria nenhuma dona de casa brasileira criteriosa. 

P.S.: Espero como consumidor que os trabalhadores Yanesha possuam condições razoáveis de trabalho para o cultivo, colheita e beneficiamento do café produzido no Peru. A torrefadora Coffe Beans, assim como as demais que torram os cafés Sul-Americanos, Africanos e Asiáticos no Reino Unido, não apresentam o selo “Fair Trade” (que visa garantir tratamento adequado aos trabalhadores de países subdesenvolvidos), algo que considero, como consumidor de café e chá, bastante relevante